quarta-feira, 23 de março de 2011

José Serra defende implantação do voto distrital em 2012

O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), defendeu nesta quarta-feira mudanças no sistema eleitoral brasileiro que permitam a implantação do chamado voto distrital nas eleições municipais de 2012. Durante reunião da bancada do PSDB no Senado, Serra apresentou proposta que prevê a implantação do modelo nos municípios onde houver segundo turno (com mais de 200 mil eleitores) nas eleições para as Câmaras de Vereadores. Segundo Serra, o Congresso pode promover a mudança por projeto de lei, sem a necessidade de mexer na Constituição Federal. "É uma mudança parcial no sistema eleitoral brasileiro para melhor que poderá ter um efeito de demonstração com relação ao futuro. Há muitas questões relevantes que vão ficar num impasse dentro do Congresso por muitas divergências", afirmou ele. Pela proposta de José Serra, os maiores municípios brasileiros seriam divididos em distritos, e cada um deles elegeria um vereador. A cidade de São Paulo, por exemplo, seria dividida em distritos com 150 mil eleitores, cada um com o direito de eleger o seu vereador. "Hoje, em uma cidade como o Rio de Janeiro, que tem mais de 4 milhões de eleitores, um vereador tem que disputar voto nesse universo. É uma campanha caríssima e ele não fica ligado a um lugar específico do Rio de Janeiro, que é o que acontece com outros países de democracia em que cada distrito tem o seu vereador", afirmou. Apesar da proposta de Serra, o PSDB caminha para formar unidade em torno do chamado voto distrital misto com lista fechada. O partido vai defender o modelo na comissão de reforma política do Senado, com o aval da cúpula da legenda. "O distrital misto pode progredir e nós defendemos. Há muito consenso em torno da posição do partido no plano da reforma eleitoral. A gente vai trabalhar juntos, unir Senado e Câmara, e ajustar o nosso trabalho para que a gente não tenha dispersão. O risco desse tipo de reforma é a dispersão", disse o presidente do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE). Só faltou até agora uma coisa: o que pensam os "russos" dessa história? Como sempre, o povo nunca é consultado. A cacicalhada toma decisões imperiais.

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