sábado, 14 de maio de 2011

Perfuradores estão de olho em planos da Petrobras para sondas

Os planos da Petrobras de encomendar 21 sondas para serem operadas em alto mar estão sendo acompanhados de perto por perfuradores, já que qualquer atraso levaria a um aumento na demanda pelas sondas já existentes. Dezenas de novas unidades para águas profundas já estão sendo construídas por contratantes do setor privado, que apostam na crescente demanda do Brasil para evitar que o mercado global de perfuração tenha excesso de oferta. A Petrobras contratou, em fevereiro, o estaleiro EAS, do Brasil, para construir as primeiras sete das 28 sondas planejadas. A estratégia faz parte da política iniciada pelo ex-presidente Lula de estimular a indústria local com encomendas da estatal. A Noble Corp, dona da segunda maior frota de sondas do mundo, divulgou em relatório a reguladores financeiros dos Estados Unidos, na semana passada, que a Petrobras havia informado que tinha cancelado a licitação para as próximas 21 sondas. A empresa no entanto apenas suspendeu o processo, diante dos elevados preços apresentados. Renato Duque, diretor de serviços da Petrobras, disse que a companhia abriria uma licitação e que a construção seria no Brasil, mas o período continuava incerto. "Nós decidiremos em maio quando a licitação vai começar", disse Duque. Perfuradoras que parecem estar menos confiantes quanto às intenções da Petrobras estão tão interessadas quanto as outras na decisão. "A Petrobras pode ordenar outras licitações de estaleiros brasileiros, ou contratar as sondas necessárias no mercado internacional", disse o Pride International Inc, uma grande contratante que está sendo comprada pela Ensco Plc, em relatório junto à Comissão de Ações e Câmbio, na semana passada. "As sondas obtidas através do mercado internacional podem representar demanda adicional no curto prazo", acrescentou Pride. Um executivo da Transocean Ltd disse acreditar que a Petrobras estava em busca de duas sondas para águas profundas e analistas estão convictos de que a medida do Brasil vai afetar todo o mercado.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

MP para tablets mais baratos pode ser encaminhada ao Congresso na segunda-feira

iPad da Apple
O governo Dilma deve encaminhar ao Congresso Nacional na próxima segunda-feira Medida Provisória que reduz a tributação dos tablets fabricados no País. A previsão é que a MP seja publicada no Diário Oficial na segunda-feira conforme negociação fechada entre diversos ministérios envolvidos para equiparar os tablets aos notebooks, o que reduzirá o preço dos equipamentos em cerca de 30%. A MP é oriunda de proposta desenvolvida junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que colocou em consulta pública uma minuta de desoneração de impostos para tablets fabricados no País, nos mesmos moldes dos benefícios já concedidos para a fabricação de computadores pessoais, por meio da inclusão desses equipamentos no Processo Produtivo Básico (PPB). Pela proposta submetida a consulta pública, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrado na fabricação cai de 15% para 3% e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), para São Paulo, por exemplo, cai de 18% para 7%. A classificação imputada aos tablets seria "microcomputador portátil, sem teclado físico, com tela sensível ao toque". A redução da tributação dos tablets foi uma das exigências da taiwanesa Foxconn para produzir o iPad, da Apple, em uma fábrica em Jundiaí, (SP) a partir de julho. A medida provisória, porém, concede o benefício para qualquer empresa que fabricar o equipamento no País.

Lucro da Brasil Foods sobe mais de seis vezes no primeiro trimestre de 2011

A Brasil Foods anunciou nesta sexta-feira lucro de R$ 383 milhões no primeiro trimestre, contra resultado positivo de R$ 61 milhões registrado no mesmo período do ano passado. A companhia, líder na exportação global de carne de aves, reportou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 816,4 milhões, contra R$ 444 milhões no mesmo trimestre de 2010. A receita líquida da BRF foi de R$ 6 bilhões no primeiro trimestre, alta de 19,3% ante o mesmo período de 2010. As vendas no mercado interno aumentaram 20,4%, somando R$ 3,6 bilhões, com crescimento de 13% em volume, para 980 mil toneladas. A demanda mundial por carnes também colaborou com as exportações da companhia, que cresceram 17,7% ante o mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 2,4 bilhões. O volume embarcado para o Exterior aumentou 7,5%, somanto 545 mil toneladas. As exportações, embora representem uma parcela relativamente menor do total, foram fundamentais para os resultadados da companhia, disse o presidente da BRF, Jose Antonio Fay. "O mercado externo foi o grande agente de melhoria de resultado quando a gente compara trimestre com trimestre", disse Fay. Segundo ele, havia excesso de oferta no mercado internacional em 2010. "Entramos com estoques altos e isso sempre atrapalha um pouco, ao contrario de 2011. Os mercados emergentes puxaram muito produto e isso regularizou os estoques globais, e hoje no mundo não há grandes estoques de carnes", afirmou o presidente. Fay afirmou ainda que a empresa se benefiou da estratégia de estar com bons estoques de matérias primas, compradas antes da alta expressiva dos preços. Com a alta global dos preços dos insumos, como milho e farelo de soja, a companhia elevou seus preços, ganhando margem.

Petrobras lucra R$ 10,985 bilhões no primeiro trimestre

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 10,985 bilhões no primeiro trimestre deste ano, representando alta de 42% frente aos R$ R$ 7,726 bilhões registrados em igual período em 2010. O resultado é recorde dentro de um primeiro trimestre. O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) de janeiro a março somou R$ 16,093 bilhões, 7% a mais do que o constatado no trimestre anterior. O resultado foi influenciado pelo aumento de 9% da receita de vendas, pelo aumento dos preços médios nas exportações de petróleo, e pelo crescimento das vendas no mercado interno. Em comunicado ao mercado, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli ressaltou o aumento das reservas da empresa, que chegaram a 15,986 bilhões de barris, significando uma alta de 7,5% frente ao ano anterior. A receita líquida atingiu R$ 54,800 bilhões no primeiro trimestre, um acréscimo de 9% na comparação com período correspondente em 2010. A média de produção da companhia nos três primeiros meses foi de 2,627 milhões de barris de petróleo e gás em campos nacionais e internacionais, apresentando alta de 3% sobre o registrado no mesmo período do ano anterior. Os investimentos da Petrobras no primeiro trimestre de 2011 totalizaram R$ 15,871 bilhões, representando uma queda de 11% em relação ao registrado em igual período de 2010. O resultado do primeiro trimestre deste ano é 4% superior ao registrado no último trimestre do ano passado.

WTorre e Palmeiras assinam escritura para construção da arena

A WTorre anunciou nesta sexta-feira que assinou a escritura do novo acordo com o Palmeiras para dar prosseguimento as obras da Arena Palestra, que haviam sido paralisadas na última quarta-feira. O acordo foi anunciado por Walter Torre Júnior através de seu perfil no Twitter. "A WTorre informa à nação palmeirense, aos paulistanos e aos brasileiros apaixonados por futebol que SEP assinou hoje a re-ratificação", escreveu o dono da WTorre, Walter Torres Júnior. "E confirma que entregará em Abril/13 uma Arena da Magnitude da Cidade de S Paulo, e com a sempre inovadora e bonita historia Palmeiras", completou. O presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, estava relutante em assinar a escritura do estádio por causa do seguro do empreendimento. A WTorre cedeu garantias ao clube que ultrapassam os R$ 200 milhões como desejava o presidente palmeirense para assinar a escritura.

Economia de Portugal entra oficialmente em recessão

A economia portuguesa entrou oficialmente em recessão, depois de uma contração de 0,7% no primeiro trimestre de 2011, maior do que a prevista, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). No trimestre anterior a economia portuguesa registrou contração de 0,6%. O novo retrocesso havia sido previsto pelos economistas, como consequência dos efeitos das novas medidas de austeridade implementadas em janeiro (redução de salários e aumento do IVA, em particular) para tentar reduzir o déficit público, que chegou a 9,1% ano passado e a 10% em 2009. Os resultados, ainda provisórios, são piores que o previsto pelos analistas, que projetavam uma contração limitada a 0,3% no primeiro trimestre ou até mesmo um crescimento zero. O retorno à recessão, da qual Portugal havia saído no fim de 2009, aconteceu antes mesmo da aplicação das novas medidas de rigor previstas em contrapartida à ajuda financeira de 78 bilhões de euros, negociada no início do mês entre o governo socialista interino, a União Européia e o Fundo Monetário Internacional. O programa de austeridade exigido em troca do empréstimo por três anos, que os ministros europeus das Finanças devem aprovar na segunda-feira, pode provocar uma contração da economia de 2% em 2011 e em 2012, afirmou no início de maio o ministro português da Economia, Fernando Teixeira dos Santos, antes da retomada do crescimento em 2013.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dólar fraco faz MMX rever política de conteúdo nacional

A MMX, mineradora da holding do empresário Eike Batista, está revendo a decisão de utilizar equipamentos com 80% de conteúdo nacional e prevê que as importações da companhia devem aumentar por conta da fraqueza do dólar frente ao real, apesar de não estabelecer uma meta para esse aumento. De acordo com o presidente da MMX, Roger Downey, a mudança faz parte da estratégia da empresa de proteger seus investimentos, que também são afetados pela inflação. Segundo ele, enquanto os preços estão altos é mais vantagem também alugar em vez de adquirir os equipamentos, em alguns casos. "Antes tinha 80% do Capex voltado para o Brasil, agora podemos pensar em importar mais do que antes", explicou ao ser questionado sobre a alta do real em teleconferência com analistas nesta quarta-feira para comentar o resultado do primeiro trimestre. A MMX divulgou na noite de terça-feira o seu terceiro lucro consecutivo, de R$ 63,8 milhões, no primeiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 76,1 milhões há um ano. A produção da empresa em março, anualizada, indica mais de 10 milhões de toneladas de minério de ferro para este ano, informou Downey. A empresa está acelerando suas atividades na mina de Pau de Vinho, arrendada da Usiminas em novembro do ano passado e localizada em área adjacente às operações da MMX na região de Serra Azul, quadrilátero ferrífero de Minas Gerais. Downey não descarta novas aquisições na mesma área, ressaltando que os licenciamentos ambientais ficam mais fáceis a cada novo projeto, pela área já ser conhecida e pela estrutura logística utilizada ser a mesma. "O licenciamento em Serra Azul parece ser menos complicado em função da forma que estamos operando, com o licenciamento da estrutura toda consolidada e não em partes, isso facilita a aprovação", explicou. "Vamos buscar alvos em Serra Azul porque faz sentido, e fora de Serra Azul se fizer sentido, é uma questão de senso econômico comum... estamos avaliando outros possíveis alvos", disse Downey sem dar detalhes. A região de Serra Azul está dividida em 14 áreas de mineração. Na região, opera ainda a ArcelorMittal. O projeto da MMX Bom Sucesso em Serra Azul deverá receber o licenciamento ambiental nos próximos dois meses, segundo Downey, que não considera a obtenção de licença obstáculo. A empresa conduz em paralelo as discussões finais com o BNDES para financiar os projetos de Serra Azul, que deve ser fechado até o terceiro trimestre deste ano para que as obras da mina comecem no quarto trimestre.

Produção da Toyota só deve ser normalizada a partir de junho

A montadora japonesa Toyota anunciou nesta quarta-feira que sua produção, afetada pelas consequências do terremoto de 11 de março, deverá se normalizar pouco a pouco a partir de junho. "A produção se normalizará por etapas em todo o mundo a partir de junho, principalmente a partir de julho no Japão e agosto no resto dos países, como havíamos anunciado em 22 de abril", divulgou a empresa em um comunicado. Até 3 de junho, a produção da maior empresa mundial fabricante de automóveis só atingirá a metade do que estava previsto para antes da ocorrência da catástrofe. "Em junho, a produção, variável de acordo com as regiões e os modelos, alcançará aproximadamente 70% do normal em nível mundial", informa ainda o texto. A catástrofe devastou o nordeste do Japão em 11 de março e danificou ou destruiu inúmeras empresas provedoras de partes para a Toyota, o que obrigou a montadora a reduzir sua cadeia de produção tanto no Japão quanto nos outros países.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Land Rover Evoque chega em outubro

A Land Rover confirmou na terça-feira que lançará o modelo Evoque no Brasil em outubro. Um exemplar do veículo já apareceu no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro do ano passado. O Evoque, um utilitário esportivo compacto, é o menor modelo já criado pela tradicional marca de jipões ingleses. O motor é um 2.0 turbo de 240 cv e 33,4 kgfm de torque. No Brasil, o modelo será oferecido com tração 4x4 e câmbio automático, de seis marchas, nas versões duas e quatro portas. O preço ainda não foi confirmado, mas, na Inglaterra, o Evoque duas portas custa cerca de 40 mil libras esterlinas (R$ 105 mil). No Brasil ainda é preciso considerar impostos e frete. A Land Rover também anunciou que trará para o Brasil o novo motor 4.4 V8 diesel para o Range Rover. O novo propulsor entrega 309 cv de potência e 71,3 kgfm de torque. O modelo chega ainda neste mês com câmbio manual, de oito marchas.

Lucro da AmBev sobe 27% no primeiro trimestre

A AmBev anunciou nesta quarta-feira lucro líquido de R$ 2,089 bilhões para o primeiro trimestre do ano, um crescimento de 26,6% sobre o obtido um ano antes, apesar de uma queda de vendas no Brasil e Canadá. O volume vendido no primeiro trimestre foi de 40,8 milhões de hectolitros, contra 40,9 milhões de hectolitros no mesmo período do ano passado. A queda ligeira de 0,3% no volume vendido foi pressionada por recuo de 1,1% no Brasil e de 7,0% nas operações canadenses da empresa. "Nosso desempenho no Brasil no primeiro trimestre de 2011 teve expansão de margem tanto em cerveja como em refrigerantes e bebidas não alcoólicas, apesar dos volumes fracos devido às fortes chuvas em janeiro, com crescimento da receita vindo principalmente dos aumentos de preços", afirma a AmBev no balanço. Excluindo receitas e despesas não recorrentes, o lucro líquido subiu 21,7% no primeiro trimestre na comparação anual. Em igual intervalo de 2010, a geração de caixa operacional havia sido de R$ 2,774 bilhões. A margem passou de 45,3% para 47,2%.